segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Blog Novo

Criei um outro blog e acho que, em relação ao que eu escrevo, tá melhor. Quem quiser participar, à vontade: http://mygreenworld76.blogspot.com

Espero que gostem ^^
Beijo

segunda-feira, 8 de março de 2010

Solidão.

"Algumas pessoas não dão valor ao que têm até perderem".
Me sinto desvalorizada. Me sinto sozinha. Às vezes me pergnto se eu sou algo mais na vida de alguém. Me dói quando pessoas que eu conheço há mais de seis anos resolvem esquecer que eu existo. E, francamente, tenho vontade de falar bem na cara: "Hey, vocês fazem isso comigo. Mas que droga, dá pra lembrar que eu sou amiga de vocês??". Ou pelo menos era...

Já nao se despedem mais, saem do msn sem avisar, e se eu nao abrir janelas de conversa, elas não abrem comigo tais janelas. E sem querer ser dramática, tudo isso faz eu me sentir um enorme... Nada.

Por mais que eu sorria, por dentro me dói tudo. E quando estou só, choro por quem não merece, e a pior parte é que eu não consigo esquecer.

As memórias me machucam, cada uma parece ser um golpe direcionado para meu tórax, meu rosto ou meu pescoço.

Tento achar uma solução, me afasto aos poucos. Mas me sinto pior ainda, pois elas parecem não dar a mínima. E já me peguei várias vezes escrevendo mentalmente a mesma frase:

"What would you say if I leave?"

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Encantos.



Olhos grandes e castanhos, sempre delineados por um lápis preto. Sempre brilhantes e tão hipnotizantes, cobertos por um grande óculos de lentes transparentes. Cabelos castanhos e lisos até os ombros. Camisetas folgadas. Simpatia desigual. Sorriso que induz os outros a sorrirem. Fã de Avenged Sevenfold, Panic! At the Disco e The Red Jumpsuit Aparatus. Opiniões sem fronteiras. Dançava no meio da multidão.

Uma festa, estilo dance party. Corpos movendo-se no rítmo eletrônico das músicas. Uma garota o fitava, completamente encantada com tal ser na pista. Levantou da cadeira e foi em direção àquela criatura que provavelmente só conseguia pensar em dançar e dançar mais naquele momento.

Postou-se na frente do ser dançante, movendo-se no mesmo rítmo. Ele sorriu, aceitando tal convite mudo para dançar. Então os corpos ficaram mais próximos, o rítmo acelerou e correntes elétricas passavam por ambos os corpos conforme a batida. Suor começava a se formar devido à temperatura elevada do ambiente.

As músicas foram mudando, os rítmos foram acelerando, os corpos foram se colando, o desejo foi tomando conta. Costas contra uma pilastra, lábios pressionados, línguas dançantes, curtição de momento. Mãos ousadas, porém nunca indo longe demais. Cabelos bagunçados, maquiagens borradas, roupas amassadas e futuras marcas no pescoço, na nuca, na cintura, nas costas e nos ombros. Excitação e desejo sentido emitidos de corpo para corpo. Definitivamente era uma das melhores coisas que ela já havia feito.

E enfim, separaram-se, sorriram e cada um foi para seu caminho. Não sabia seu nome, não havia dado seu telefone para que ele ligasse no dia seguinte, não havia trocado uma palavra com ele. Mas um dos maiores encantos de sua vida. E seu momento foi devidamente aproveitado.

E a única coisa na qual conseguiu pensar depois foram aqueles lábios que a levaram para fora da terra. Agora já não conseguia mais parar de sorrir.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Enfrentando.



Estava bebendo sua garrafa se água enquanto o nervosismo lhe atormentava. Estava insegura demais. Sentou-se de frente para um espelho e se perguntou "quem eu sou afinal?". Não sabia se era tudo de sua cabeça ou se era real. Não sabia se queria fazer isso ou se precisava.

Sabia que estava quase na hora. prendeu o cabelo num penteado de rabo de cavalo e tirou o roupão, revelando seu corpo magro porém visivelmente forte vestido com um short e um top. Largou os chinelos em qualquer canto e bebeu mais água. Colocou o protetor para dentes e as luvas. Ouviu seu nome ser chamado, havia chegado a hora.

Abriu a porta e subiu as escadas. Caminhou tensa até o ringue enquanto o público gritava seu nome com os braços para cima, mãos fechadas em punhos e um fôlego impressionante.

E lá estava sua oponente mais perigosa. Todos os seus medos e confusões, todas as suas confissões e contradições, unidos na forma de uma oponente poderosa. Sentiu um arrepio e uma tensão maior.

Apertaram as mãos e o juiz deu o sinal para o início da luta. A princípio, apenas se encaravam enquanto davam passos laterais pelo ringue, uma de frente para a outra. O público gritava mais, esperando que alguma delas desse o primeiro golpe. E foi o que aconteceu. A oponente se aproximou com velocidade e a golpeou com um soco no abdôme.

A dor havia sido insuportável, mas ela devia continuar. Se recuperou rápido e acertou sua oponente com um gancho de direita. Aproveitou e também golpeou-lhe no abdôme com sua mão esquerda.

Flashs começaram a aparecer em sua mente. Lembrou-se de um romance, um ambiente em especial que a marcou. Mas de que forma a marcou? E quando pôde abrir os olhos novamente, sua oponente estava perto demais, acertando sua face com um soco.

Os flashs apareceram novamente. Viu seus desabafos, seus olhares para o nada, seus olhares para alguém. Não sabia se esse alguém era realmente especial ou se ela só desejava que fosse. Ela não sabia se sentia de verdade ou se desejava sentir para ter chances de ser feliz. E novamente abriu os olhos com sua oponente muito perto, derrubando-a no chão com outro golpe no abdôme.

Ficou caída no chão e só então se lembrou da pergunta que fizera antes de subir aquelas escadas. E ela não precisava de golpes para respondê-la. Não mais. E pôde se dar conta de que os flashs eram os piores golpes de sua oponente. Ainda não saberia responder algumas perguntas, mas sabia que não poderia deixar aqueles sentimentos tomarem conta.

Ouviu o juiz fazer a contagem enquanto procurava forças para levantar. Sua oponente era realmente muito forte. 10... 9... 8... 7... 6... E conseguiu enfim levantar. O juiz parou a contagem e a luta continuou.

Golpes vão, golpes vêm, e ela foi derrubada várias vezes. Mas continuou se levantando e voltando a lutar. E ambas já estavam completamente cansadas depois de um bom tempo lutando.

E ela aprendeu a lidar com os flashes. Aprendeu a responder cada pergunta durante a luta. Sua oponente ficou mais fraca. Ela aproveitou a chance a acertou com vários socos, derrubando-a. O juiz fez a contagem e a oponente não conseguiu se levantar. Enfim. Livre.

Então a oponente sumiu, o juiz sumiu, o público sumiu, o ringue sumiu, o estádio sumiu. Tudo que conseguia ver eram algumas cores de misturando formando uma paisagem aos poucos. Fechou os olhos. Quando abriu novamente, estava em seu quarto parada de frente para um saco de areia e com luvas nas mãos. Ao olhar para sua cintura viu um cinturão de metal anunciando: ela havia vencido tudo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Protesto!

Dessa vez vou falar de um assunto sério. Quem foi a anta que inventou as maldições chamadas drogas? Claro que não parece incomodar alguém como você enquanto elas estão longe de você.

Mas sabe, mas burro do que quem inventou essas porcarias é quem as usa. Alguém pode por favor me explicar como uma pessoa pode optar por assinar sua sentença de morte?? Alguém pode me explicar como uma pessoa, ainda mesmo tão jovem pode se envolver com uma coisa que vai fazer mal para ela mesma? Eu definitivamente não entendo o que esse povo tem na cabeça.

Carta para a "envolvida":

Cara envolvida, me diga. Por que resolveu prejudicar sua vida? Sua saúde? Por que resolveu me preocupar e preocupar sua família? E por que achou que eu te daria apoio numa coisa dessas? Eu sou sua amiga, e amigas de verdade nem sempre apoiam em tudo. Amigas de verdade avisam quando algo está errado. E você errou, e feio. Sinto dizer, mas foi uma completa irresponsável. Acho que você não pensou quando resolveu se envolver nisso. Você ainda tem tempo de parar e se livrar disso. Não quero saber se você já está completamente viciada ou meio viciada ou sei lá o quê. Você ainda é jovem e pode se recuperar. O problema é se você ainda pode ter consciência. Sabe o que isso significa? Você perdeu a noção do certo e do errado. E se eu não gosto de drogas, como vou ser amiga de alguém que foi burra o bastante pra usar drogas? Me desculpe por ser tão rude, mas é a verdade. Sei que estou pegando pesado, mas é necessário. Ficaria feliz em ajudá-la a se livrar disso e a se recuperar, mas não posso continuar sendo sua amiga se você insistir no vício. Você tem a chance de não arruinar sua vida, não a jogue fora, caramba!
Mas, bem, essa é uma decisão sua. Não irei interferir mais se você optar pelo vício. Mas se escolher isso, saiba que não te conheço mais.

"I will forgive, but I won't forget. And I hope you know you've lost my respect."

domingo, 17 de janeiro de 2010

Por quê?

Certo dia alguém me disse que todos os "por quês" da vida tem uma resposta. Eu não sei não. Aqui vão alguns "por quês" para os quais eu mesma não encontrei respostas até hoje.

Por que amamos?
Por que o amor nos faz sentir coisas e termos reações estranhas?
Por que o amor nos deixa confusos?
Por que é tão complicado se livrar de tal confusão?
Por que tem horas que nos sentimos tão sem emoção?
Por que quando achamos que estamos quase lá... Algum contra-tempo nos atrapalha?
Por que pessoas às vezes demoram tanto para se apaixonar por outras?
Por que existe gente preconceituosa?
Por que existe o "corresponder" e o "não corresponder"?
Por que existe a indiferença?
Por que sonhamos?
Por que sonhamos coisas estranhas?
Por que sonhamos coisas que nos fazem sentir coisas estranhas?
Por que quase nunca temos só um caminho a seguir?Por que temos que fazer escolhas?
Por que conhecemos o "não saber" quando deveríamos conhecer só o "saber"?
Por que eu não sei o que sinto em relação a você?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Confusão.


Era uma vez uma garota que caminhava em sua melodia. Alegre, desconfiada, um tanto insana e brincalhona. Saltitava alegre por estar tudo certo. Suas emoções em seu devidos lugares, sentimentos e razões idem. Brincava com o vento, com as nuvens, com as cifras, com as palavras, com a água, com a terra e com o fogo. Sabia que era arriscado brincar com o fogo mas gostava mesmo assim.

Continuou sua tarde passeando, cantando, dançando, tirando as nuvens da frente do sol quando sentia frio e fazendo chover quando sentia muito calor. Ela gostava de ter tudo do seu jeito, o que a tornava um pouco mimada. Deixou o céu num tom de verde azulado.

Dentou-se num campo e tirou um cochilo. De mais ou menos duas horas. Ao abrir os olhos novamente, algo lhe atingiu. Não foi nada fisicamente, mas algo realmente a atingira. Teve a sensação de não saber o que fazer. Sua mente estava um ciclone.

O céu passou de verde azulado para vermelho alaranjado. As notas voavam ao seu redor formando uma melodia estranha, completamente diferente de qualquer uma que ela já havia imaginado. A brisa leve sumiu, as nuvens se revoltaram, o sol desapareceu e ela se viu dentro de um círculo de fogo. A terra não poderia ajudá-la, nem a água e nem o vento. Ela não conseguia mais mexer com nada disso, estava completamente fora de controle.

A terra também se revoltou, atormentando a garota com terremotos. A água não fez nada, não queria apagar o fogo. E o vento apenas o espalhou, deixando a garota ainda mais tensa e assustada. E ela não conseguia entender mais nada.

Seus sentimentos e emoções brigavam com a razão e os principios, e isso estava deixando a menina simplesmente louca. Tentou gritar "Pára!" várias vezes, mas nada adiantou.

Então desistiu, voltou a se deitar na grama, mesmo com os terremotos, com as batalhas dentro de si, com o fogo perto demais, com as ideias paradoxais. Ela não tinha mais nada a fazer a não ser tentar acalmar sua cabeça. Mas como?

Tentou dormir novamente, mas sua própria mente não a permitiu fazer isso. E de repente, o circulo de fogo se transformou num círculo de casais. Ela não via mais o céu, via um teto com um bonito mosaico e uma bonita iluminação. As nuvens sumiram, o fogo sumiu, a água sumiu, a terra sumiu.

Agora ela estava deitada sobre um piso gelado, cercada de casais mascarados que dançavam uma valsa enquanto sorriam e conversavam. Levantou-se e tentou falar com alguns deles, mas ninguém a ouvia. Tentou gritar, mas não deu certo. Tentava tocar neles, mas também não conseguia. E sua mente continuava confusa. Aliás, tudo ali dentro daquele salão era confuso demais. Teria ela entrado numa outra versão da própria mente?

Queria sair dali. Tentou as portas, mas estavam todas trancadas. Tentou as janelas, mas também estavam trancadas. Pensou até em quebrar uma delas. Deu socos, mas tudo que conseguiu foi ferir sua mão. E a janela não quebrara de jeito algum.

E até hoje ela tenta sair daquele salão da confusão. E nunca se sabe quando irá conseguir. Vez ou outra alguém a escuta e dança enquanto conversa com ela. Mas ela sabe que só sairá daquele salão quando conseguir pôr sua mente organizada de novo.

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Voltei depois de meio século sem postar!
Isso aí foi inspirando num sonho, foi a coisa mais louca com a qual ja sonhei. Oo
Espero que tenham gostado e eu espero ter sonhos inspiradores assim mais vezes, hehe.
Beijoo